Os Amigos do HC promoveram, nesta segunda-feira (28), a palestra “Câncer de Mama: prevenção, fatores de risco e tratamento”, realizada pela Dra. Iris Rabinovich, mastologista do Centro de Doenças da Mama e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia no Paraná. O evento foi destinado aos colaboradores da Trombini Embalagens, durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) e faz parte das ações de promoção à saúde, oferecida em agradecimento pela destinação de parte do imposto de renda aos projetos da Associação.

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum e também o mais causador de mortes entre as mulheres. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para 2018 foi de 59.700 mil novos casos da doença, sendo 56,33 casos para cada 100 mil mulheres. Na região Sul, são 73,07 casos a cada 100 mil. Em Curitiba, são 82,33 casos a cada 100 mil mulheres.

Segundo a Dra. Iris Rabinovich, o câncer de mama é uma doença multifatorial. Ou seja, pode surgir devido à soma de diversos fatores de risco. Além disso, a mastologista explica que o câncer de mama também é uma doença heterogênea. “O câncer de mama tem muitos tipos. Cada tipo de tumor é tratado e diagnosticado de forma diferente”, afirma a especialista.

Diante disso, a mastologista destaca que existem dois tipos de prevenção do câncer de mama: a primária e a secundária. A prevenção primária é evitar a doença conhecendo os fatores de risco, que podem ou não ser mudados. O consumo excessivo de álcool e o tabagismo são os mais comuns e aumentam o risco da doença. Além desses fatores, estão a obesidade e o ganho de peso, principalmente após a menopausa. “A menopausa é um período da mulher que dever ter bastante atenção. O ganho de peso é uma tendência nessa fase, por isso é preciso ser evitado”, alerta a especialista.

Outra forma de evitar o câncer de mama é estimular os fatores de proteção como a amamentação, gravidez antes dos 30 anos e prática de atividades físicas, de acordo com a Dra. Iris Rabinovich. A mastologista indica que para cada ano de amamentação há uma redução de 4,3% no risco da doença. Em relação à gravidez, se o primeiro parto for aos 35 anos ou mais, o risco é igual ao de uma mulher que nunca engravidou. No entanto, a especialista aponta a atividade física como o fator mais importante em relação à prevenção. “Engravidar e amamentar envolvem questões individuais de cada mulher, mas a atividade física é um fator que só depende de nós e ajuda não só na questão do câncer como em toda saúde”, orienta a especialista.

“Controlando o peso, praticando atividade física e evitando o álcool e o cigarro é possível ter aproximadamente 30% de redução do risco de câncer de mama. Não são 100%, mas já é muito. Vale a pena fazer a prevenção, pois são medidas que dependem apenas de nós mesmas”, destaca a mastologista.

Por outro lado, a Dra. Iris Rabinovich explica que existem os fatores de risco que não podem ser mudados, mas devem ser conhecidos para ajudar na prevenção. Entre eles, a idade a partir dos 50 anos, a alta densidade mamária, a menstruação precoce antes dos 13 anos, a menopausa tardia, o histórico pessoal da doença e o histórico familiar de câncer de mama.

Já a prevenção secundária refere-se ao diagnóstico precoce do câncer de mama. “O diagnóstico precoce aumenta em até 95% a probabilidade de cura da doença e possibilita um tratamento menos agressivo”, afirma a mastologista. Segundo ela, o ideal é que o tumor seja diagnosticado com menos de um cm. No autoexame só é possível identificar tumores acima de dois cm.  Por isso, é preciso realizar periodicamente o exame clínico e a mamografia.  O exame clínico com um especialista identifica tumores acima de um cm e a mamografia consegue diagnosticar tumores abaixo de um cm.

Diagnosticado o câncer de mama, a Dra. Iris Rabinovich orienta que existem diferentes formas de tratamento que são: cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia, terapia alvo e radioterapia. Segundo ela, em todos os casos a cirurgia será recomendada para o tratamento da doença. Já os demais tratamentos dependem da biologia do tumor e do risco de reincidência da doença.

 Destinação Imposto de Renda

Durante todo ano é possível destinar parte do seu imposto de renda aos Amigos do HC, sendo até 6% Pessoa Física e 1% Pessoa Jurídica, e contribuir com os projetos da Associação em prol de melhorias no atendimento dos pacientes do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR e também do Programa DEDICA, que atende crianças e adolescentes vítimas de violência. Saiba como: https://amigosdohc.org.br/como-doar/imposto-de-renda/

 

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