trabalho realizado nUnidade de Processamento de Materiais Esterilizados (UPME) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná é de estrema importância para o atendimento aos casos de Covid-19, apesar desses profissionais não estarem na linha de frente. Há cinco meses, a UPME passou por uma reestruturação realizada pelos Amigos do HC em parceria com a Megamania que hoje está proporcionado mais agilidade, segurança e alta qualidade no processamento dos materiais que são utilizados pelos pacientes com a doença.  

Com a pandemia, a chefe da UPME, Laís Morgado, conta que tiveram várias reestruturações na rotina da Unidade. “Os materiais usados pelos pacientes com Covid são tratados separadamente e estabelecemos um horário de coleta exclusivo para os materiais que entraram em contato com o Coronavírus”, relata. 

Além disso, materiais que não necessitavam passar pelas termodesenfectoras com osmose reversa, um tipo de água purificada, agora também passam pelo processo. Segundo Laís, os circuitos respiratórios, por exemplo, são os principais materiais usados pelos pacientes com a doença e não precisavam passar pelas máquinas automatizadas. Hoje, ela explica que o processo é realizado para garantir que o material está seguro para o uso do paciente.   

Essa medida só é possível porque atualmente a Unidade conta com três termodesinfectoras, agilizando o retorno dos materiais aos pacientes. Antes da reestruturação, o setor possuía apenas uma em funcionamento. Devido ao surto de Covid-19, a chefe conta que também foi desenvolvido um protocolo de validação para garantir que o material está livre de micro-organismos.  

De acordo com a chefe da UPME, a reestruturação está contribuindo com a prevenção da Covid-19 e o atendimento aos casos da doença no HC. “Sem dúvida, o material não processado corretamente pode transmitir infecção cruzada. Por exemplo, o material foi recebido com Covid. Se não processado corretamente pode transmitir a doença para outro que utilizará o material”, destaca. 

Entregue em dezembro de 2019, as novas instalações da UPME do Hospital de Clínicas foram revitalizadas pelos Amigos do HC em parceria com a Megamania. O investimento de 1,6 milhão de reais possibilitou a reforma, aquisição de equipamentos, mobiliários e também de um sistema de rastreabilidade dos instrumentoso mesmo sistema usado pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para Laís, o sistema de rastreabilidade foi mais uma inovação importante e está sendo essencial nesse momento.  

A agilidade no processo é muito importante. A automatização nos ajudou muito e contribuiu para que esse material seja disponibilizado mais rápido, com segurança e qualidade para o paciente, conclui a chefe da UPME. 

 

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