Os Amigos do HC entregaram o projeto “Melhoria no tratamento de pessoas idosas com doenças mieloproliferativas”, realizado com recursos do Fundo Municipal da Pessoa Idosa (FMPI) por meio da destinação do imposto de renda pelas parceiras Nórdica Veículos e Trombini Embalagens. O objetivo do projeto é oferecer assistência clínico-laboratorial à população idosa com neoplasias mieloproliferativas atendida no Ambulatório de Doenças Mieloproliferativasdo Complexo Hospital de Clinicas, contribuindo para melhoria da qualidade de vida com objetivos curativos e de maior conforto clínico.

Por meio do repasse, no valor de R$186.234,72, foram comprados um espectrofotômetro ND-2000, um sistema de eletroforese horizontal e um software de análise Gene Mapper. O Instrumento Nanodrop One é necessário para determinar a concentração e a pureza das amostras de DNA utilizadas na pesquisa das mutações nos genes que determinam o perfil genético do paciente com doenças mieloproliferativas. O sistema de eletroforese horizontal é utilizado para a realização das corridas eletroforéticas e avaliar produtos da amplificação gênica por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR). Já o software de análise Gene Mapper permite a interpretação dos dados gerados pelo sequenciador de DNA por meio da análise de fragmentos.                         

O Ambulatório de Doenças Mieloproliferativas poderá atender aproximadamente 120 pacientes idosos por mês. Entre seis e dez desses pacientes terão indicação para a realização de exame genético, após a aquisição dos itens previstos no plano de aplicação.  Os idosos, além das doenças prevalentes como a hipertensão arterial, sofrem com novos e devastadores sintomas em algumas situações, como o aparecimento de anemia, com dependência transfusional, risco maior de tromboses, entre outros, que são sintomas graves decorrentes das doenças mieloproliferativas.                        

Com a aquisição dos materiais, é possível realizar um projeto pioneiro no Brasil e, principalmente, olhar mais atentamente para esse grande segmento da população, que pode envelhecer de forma longeva, saudável e preservando sua autonomia. Isso porque os pacientes são avaliados com maior rapidez e menor tempo de entrega dos resultados dos seus exames.               

A Dra. Marisol Muro, chefe da Unidade de Laboratório de Análises Clínicas, conta que com os recursos captados para o projeto, o Serviço de Biologia Molecular das Doenças Estomatológicas, conseguiu equipamentos que desenvolveram um novo teste no laboratório, pesquisa de novos genes. “Isso vai auxiliar enormemente os pacientes hematológicos para terem uma qualidade de vida muito melhor”, diz.

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