O Agosto Dourado é o mês de promoção do aleitamento materno nos primeiros anos de vida do bebê. A campanha foi criada em 2017, pela lei n° 13.435, a data celebra a 25ª Semana Mundial da Amamentação e tem o objetivo de proteger, promover e apoiar a amamentação, por meio da informação e do debate sobre o tema. O dourado foi escolhido pela alusão ao leite materno como alimento de ouro para a saúde dos bebês, conforme a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A amamentação traz diversos benefícios para a saúde do bebê e da mulher, prevenindo doenças, favorecendo a imunidade e fortalecendo os laços afetivos entre mãe e filho. O estudo recente realizado pelo Ministério da Saúde, Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), revelou que os índices de aleitamento materno no Brasil estão aumentando, cerca de 45,7% dos bebês menores de seis meses estão sendo exclusivamente amamentados e 60% dos menores de quatro meses. Em comparação com os últimos 34 anos, houve aumento de quase 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de 6 meses, segundo o estudo.

Por que amamentar? 

O leite materno é o primeiro alimento da nossa vida logo quando chegamos ao mundo e é através dele que o corpo se desenvolve, se fortalece e se previne contra as mais variadas doenças. É um alimento crucial, pelo menos nos primeiros meses de vida, reduzindo assim o índice de mortalidade infantil, como divulga a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Diferente dos demais tipos de leites que normalmente são comercializados, o leite materno contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e as doenças. Também existem muitos benefícios para a mãe, o ato de amamentar aproxima mais o elo entre a mãe e o filho, aumenta a sensação de bem-estar e felicidade, diminui as chances de desenvolver depressão pós-parto, diminui a ansiedade da mãe, aumenta sua segurança, favorece o emagrecimento e previne a anemia. 

Aleitamento materno e pandemia da COVID-19

A pandemia da COVID-19 trouxe muitas dúvidas relacionadas à saúde, inclusive sobre a segurança da amamentação. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), ainda não há estudos que confirmem se há ou não transmissão do novo coronavírus por meio do leite materno. A recomendação é que para as mães com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19, o aleitamento materno pode ser mantido, desde que sejam mantidas as medidas de prevenção recomendadas, como lavar as mãos e os antebraços antes de tocar no bebê na hora da mamada e usar máscara facial durante a amamentação. De acordo com a FIOCRUZ, os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus e deve ser mantida para o bem-estar e saúde da mãe e do bebê.

Caso a mãe não se sinta à vontade para amamentar, a orientação é extrair o leite, manualmente ou usar bomba de extração de leite humano, e ela ou um cuidador saudável oferecer o leite materno ao bebê por meio de copinho, xícara ou colher. Para isso, é necessário o procedimento de extração e a higiene adequada da bomba, o armazenamento correto do leite em frascos de vidro e o treinamento da pessoa que alimentará o bebê.

Doação de Leite Materno

Os bebês atendidos pelo Banco de Leite do Hospital de Clínicas continuam precisando de leite materno durante a pandemia. “É extremamente importante essa mobilização em prol da doação”, afirma a enfermeira do BLH Janaina Mara de Almeida. Segundo ela, recém-nascidos da UTI Neonatal do HC, principalmente os prematuros, necessitam de leite doado, caso suas mães estejam impossibilitadas de amamentar.

Diante disso, nesse período, foram adotadas algumas medidas preventivas em relação à doação. Doadoras com síndrome gripal, suspeita ou confirmação de Covid-19 devem suspender a doação até se restabelecer. Podendo, no entanto, amamentar seu próprio filho. Além disso, houve uma mudança em relação às visitas domiciliares. A partir da segunda visita domiciliar, a orientação é evitar entrar nas residências, a fim de reduzir a exposição das funcionárias e garantir a segurança das doadoras. De acordo com Janaina, as medidas visam minimizar os riscos de transmissão da Covid-19.

Confira o passo a passo e todos os cuidados para fazer sua doação de leite em: https://www.amigosdohc.org.br/2019/08/16/como-doar-leite-materno-ao-banco-de-leite-humano/

Banco de Leite Humano (BLH)

Atendimento: segunda a sexta, das 8h às 18h.

Telefone: (41) 3360-1867.

Endereço: Rua General Carneiro, 181 – 4° andar do prédio da maternidade do Hospital de Clínicas.

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