É fato de que as atividades físicas sejam muito benéficas para a saúde em geral. Sabemos também que a saúde mental é parte essencial para o bem estar. Por isso, existem várias formas de manter um equilíbrio e uma boa qualidade de vida e uma delas é a prática de exercícios físicos.
De acordo com a psicóloga Josy Martins, a atividade física pode ser uma ótima aliada na saúde mental e atua de diferentes formas no cérebro. A prática contribui com a oxigenação, aumenta a produção de neurotransmissores, como a dopamina, a serotonina e a endorfina, previne e combate doenças diversas, melhora os processos de aprendizagem, promove saúde mental, desenvolve a neuroplasticidade, entre outros.
Isso significa que, no que diz respeito à saúde mental, a prática de atividades físicas, ainda que leves, ao melhorar a circulação sanguínea cerebral e atuar na produção dos hormônios, proporcionam bem-estar físico e emocional, melhoram o humor, ampliam a capacidade cognitiva, reduzem sintomas relacionados à ansiedade, depressão e outros transtornos mentais. “Além disso, contribuem para melhora da autoestima, motivação e, em alguns casos, auxiliam ainda no desenvolvimento da independência e autonomia. Tudo isso melhora a qualidade de vida das pessoas e, consequentemente, a saúde mental”.
Falando em ansiedade e depressão, os exercícios físicos são altamente recomendados nesses casos. “Como os exercícios físicos aumentam a produção de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a endorfina, que são hormônios ligados à sensação de prazer, regulação de humor/emoções e sensação de bem-estar”. Consequentemente, auxiliam na prevenção e melhora dos quadros das doenças.
Porém, não é qualquer atividade que vale. É importante respeitar os limites do corpo e não causar lesões ou prejuízos, ao invés de benefícios. A psicóloga explica que as pesquisas no campo das neurociências têm sinalizado que exercícios físicos moderadas promovem melhoras cognitivas, físicas, previnem doenças e contribuem no tratamento de danos cerebrais. Além disso, há uma quantidade mínima de atividade física para desfrutar das alterações positivas no cérebro. “O ideal é se exercitar pelo menos três vezes por semana e as sessões devem durar entre vinte e trinta minutos”, explica.
A intensidade deve variar de acordo com cada organismo e precisa ser controlada para que os batimentos cardíacos não ultrapassem 60% e 70% da frequência cardíaca máxima. Pessoas com melhor condição física podem fazer exercícios em que a intensidade e a duração são mais elevadas.
Na teoria pode parecer simples, mas a prática da rotina de exercícios é o que acaba desmotivando muitas pessoas. De acordo com a psicóloga, essa motivação pressupõe o movimento, sair da zona de conforto, do sedentarismo, “mas ela só faz sentido para a pessoa se estiver direcionada para um objetivo”. Os fatores que nos motivam a algo, inclusive para prática de atividades físicas, podem melhora da autoestima, o autocuidado (tanto da saúde física como mental), prevenção de doenças, e talvez um dos mais evidentes seja a socialização, a possibilidade da convivência e troca com outras pessoas.
É importante ressaltar que todo exercício deve ser acompanhado por profissionais qualificados, podendo variar dependendo do tipo de atividade. “Podem ser educadores físicos, fisioterapeutas, etc. Também e é importante ter acompanhamento médico (cardiologistas, ortopedistas, neurologistas, etc.) para avaliar a condição de saúde.