Quando falamos em alimentação saudável, logo pensamos em frutas, verduras e legumes, mas sabemos que no nosso dia a dia, também comemos carboidratos, fibras, dentre outros. Você sabe como encaixá-los de forma correta na sua alimentação? Conversamos com a nutricionista Flavia Euler que nos deu algumas dicas valiosas e que podem ser adotadas no dia a dia.  

Quando falamos de uma alimentação adequada, é preciso pensar em alguns grupos de alimentos que devem estar presentes na alimentação diariamente. São eles os alimentos in Natura e minimamente processados, que devem fazer parte da nossa alimentação na maior parte das nossas refeições. “São todas as frutas, as verduras, os grãos, os vegetais, as carnes, os ovos, quanto mais natural esses alimentos forem, mais presentes na nossa alimentação, eles devem estar”.  

Antigamente, chamados de industrializados, hoje tem uma nomenclatura diferente: são os processados e os ultraprocessados. Esses são alimentos que têm algum processo industrial com aditivos alimentares e químicos que muitas vezes estão associados a uma quantidade de calorias, gordura, sódio e açúcar muito grande. “Então, por exemplo, as bolachas recheadas, os pratos, os molhos e os temperos prontos, alguns tipos de sobremesas prontas devem ser evitados no nosso dia a dia”.  

Outro grupo de alimentos que não deve faltar são os grãos, incluindo tanto os cereais como as sementes, as leguminosas, que são grupos de alimentos que devem permanecer nas grandes refeições, almoço e jantar, e outros alimentos, dependendo do padrão alimentar de cada pessoa. 

A nutricionista ressalta que uma alimentação boa, nem sempre precisa ser cara. “A gente pode se alimentar de uma maneira mais natural, e esses alimentos são mais baratos no nosso país, então é possível que a gente tenha uma alimentação boa e de fácil acesso financeiro”, afirma. De forma geral, as saladas, frutas, verduras e legumes, sejam eles crus, cozidos, refogados ou assados, são indispensáveis.  

Nem todas as pessoas podem consumir todos os alimentos, considerando as restrições a certos grupos de alimentos. “Então eu não posso dizer que, por exemplo, o leite tem que estar presente em todos as pessoas, porque algumas delas têm alergias, intolerâncias, ao próprio leite. Ela vai substituir o leite por alguma outra fonte”, explica. 

O mesmo ocorre com as carnes, com as pessoas que são vegetarianas. “O vegetarianismo está crescendo cada vez mais, então eu não vou dizer que precisa estar presente na alimentação. O que teria que ter um olhar maior são as frutas, as verduras, legumes e os grãos e, quando possível, para aquelas pessoas que comem, a presença dos leites, dos laticínios e das carnes”.  

Ainda, há aquelas pessoas que não têm costume de comer verduras e legumes, por exemplo. A nutricionista explica que, elas precisam num primeiro momento, é necessário experimentar esses alimentos, fazer uma variedade de preparos. “Às vezes, para incluir algum alimento, ela pode fazer ou assado, ou grelhado ou misturado a outros alimentos, porque dessa forma vai introduzindo de uma forma ou de outra, o sabor daquele alimento”. Flavia ressalta que para o adulto, é muito importante experimentar novos sabores. “Quanto mais a gente se desafiar em experimentar novas texturas, sabores e cores, mais fácil vai ser para ter uma variedade de alimentos”. 

Ao pensar em mudar a alimentação, é recomendado consultar um nutricionista que irá recomendar e montar um cardápio adequado aos objetivos do paciente.  

Você pode ouvir o conteúdo na íntegra no programa Fala Paraná. O quadro Momento Saúde vai do minuto 10:41 ao minuto 13:19, da edição da última terça-feira (15).

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