Dia 18 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Asperger. A data visa destacar a importância da integração das pessoas com a síndrome na sociedade, sensibilizar a população e mostrar a sua relação com o espectro do autismo.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em seus últimos dados divulgados sobre o número de diagnósticos da síndrome, a cada 160 crianças 1 possui a síndrome de asperger ao redor do mundo. No Brasil, há cerca de 2 milhões de pessoas diagnosticadas com a síndrome.
A Síndrome apresenta características como dificuldades significativas na interação social e na comunicação não-verbal, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Ela faz parte do Transtorno Espectro Autista pela forma semelhante que se apresenta. O neurocirurgião Dr. Rodrigo Leite, diz que a síndrome pode afetar nas relações daqueles que a possuem. “Apresentam dificuldade em iniciar ou manter conversas, interpretar emoções e entender normas não escritas, o que pode levar a dificuldades nas atividades do dia a dia, em casa, na escola e no trabalho”.
O diagnóstico para a Síndrome de Asperger pode não ser tão simples de ser realizado, pois o transtorno pode se manifestar de maneiras diferentes de um indivíduo para o outro. O neurocirurgião comenta sobre como são realizados os exames para o diagnóstico. “É feito por uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e médicos especialistas, além de uma avaliação clínica, envolvendo o paciente e seus familiares, com foco na história do seu desenvolvimento, comportamentos e interações sociais”.
É avaliado o padrão de linguagem, habilidades sociais e comportamentais. Alguns questionários padronizados podem ser utilizados para auxiliar e dar mais precisão no diagnóstico. O profissional ainda destaca que é necessária a exclusão da possibilidade de doenças que podem justificar as alterações comportamentais apresentadas.
Segundo o neurocirurgião, a data é importante para divulgar as características das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, conscientizar sobre suas condições e necessidades de apoio. A informação pode proporcionar a educação, inclusão e diminui o preconceito.