Anualmente, no dia dois de abril é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Criado pela ONU em 2007, o objetivo da data é levar informações sobre o Autismo, para reduzir o preconceito que discriminação que há por grande parte da população.
O Autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno causado por alterações físicas e funcionais do cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental.
A psicóloga especialista em Análise Aplicada do Comportamento, Natália Cesar de Brito, diz que a campanha do Abril Azul é de suma importância. “Tanto nas escolas, como nos hospitais e clínicas, é importante falar sobre o autismo. Quanto mais falamos do assunto, diminui o preconceito”.
Para ela, a data e a campanha ajudam na conscientização, visto que o número dos casos tem aumentado. Segundo ela, a acessibilidade para esse público é fundamental, visto que, uma criança com autismo, portadora de sensitividade ao som alto, não entra junto com as demais crianças na escola quando toca o sinal. Devido à sua sensibilidade ao barulho, ela entra na escola depois de seus colegas.
Natália alerta sobre alguns sintomas mais comuns e evidentes como os bebês que ficam muito no colo da mãe, demoram para andar e a possuir um neurodesenvolvimento saudável, além de dificuldades nas áreas de interação e comunicação social; e interesses e comportamentos restritos. Alguns destes sinais, crianças e adultos podem apresentar.
Há muitas pessoas sendo diagnosticadas com autismo mesmo na fase da vida adulta. Natália destaca que há uma observação em relação à dificuldade no diagnóstico de pessoas adultas. “Muitas pessoas são diagnosticadas nesta fase em virtude de as observações de áreas da vida como ser muito boa em sua área de atuação, mas obter dificuldade nas interações sociais”. Para ela, a dificuldade está presente pelo fato de essa pessoa ter chegado na vida adulta sem necessitar acompanhamento.
Ao comparar os sinais de um adulto com uma criança, a psicóloga diz que é comum em pessoas de grau leve, efetuar os chamados “masking”. “O ‘masking’ é mascarar os sintomas do autismo para ter uma maior aceitação na sociedade. É mais comum em pessoas adultas, não diagnosticadas e de grau leve do autismo.
No caso de crianças, ao apresentar algum dos sintomas o mais indicado é consultar um profissional como psicólogo, neurologista ou psiquiatra, o quanto antes. “Se essa criança tiver o diagnóstico, vai fazer muita diferença na hora da intervenção e do acompanhamento”, diz Natália.